O INÍCIO

O primeiro mandato presidencial foi organizacional, com algumas alterações na Diretoria, saindo o presidente Eugênio Lopes Barcellos, a 19 de outubro de 1922 e assumindo o vice José Bento de Freitas Mello, até 3 de janeiro de 1923, quando assume o 2o vice Pedro Lacerda Rocha, que fica até 17 de janeiro, ocupando a presidência o 1o secretário Joaquim Gomes dos Santos, até 4 de abril de 1923, quando reassume J. B. de Freitas Mello, o qual, em alguns dias, passa a presidência a José Vieira, que cumpre dois mandatos, o primeiro incompleto, assumindo Aristides Werneck o posto.

Nessa interinidade, para acalmar as pressões, Aristides Werneck, a 16 de janeiro de 1924, em plenário, aprova e registra novo Estatuto, passando a entidade a denominar-se “Associação de Ciências e Letras”. Reassume José Vieira, a partir de 22 de janeiro de 1924 até renunciar a 8 de janeiro de 1925, substituindo-o Arthur Barbosa, que passa a presidência, a 7 de janeiro de 1926 a Raphael Mayrinck.
Os dois primeiros anos da Associação foram agitados por questiúnculas internas pelo assomar de vaidosos interessados em promoção pessoal, o que resultou na dança inusitada de cadeiras em curto espaço de existência.

A partir da administração de Raphael Mayrinck os ânimos foram acalmados, os insatisfeitos se retiraram e a Associação tornou-se respeitada e atuante na Cultura Petropolitana.

A ACADEMIA

Em janeiro de 1928 Raphael Mayrinck transmite a presidência à acadêmica Nair de Teffé Hermes da Fonseca, com 4 reeleições, deixando o cargo, em janeiro de 1933 para o presidente eleito Alcindo de Azevedo Sodré.

Na administração Nair de Teffé a entidade deixa de ser Associação de Ciências e Letras e passa à denominação de Academia Petropolitana de Letras, limitando o número de sócios em 50, cadeiras fixas sem homenagem patronímica.

A Diretoria que promove a nova denominação social, em vigor desde 30 de dezembro de 1929 é: Nair de Teffé, presidente ; Padre Lúcio Gambarra, 1o secretário ; Joaquim Gomes dos Santos, 2o secretário ; e Soleyman Antoun, tesoureiro. Participaram da Assembléia histórica, além dos diretores citados:
D. José Pereira Alves, Alfredo de Mattos Rudge, Antônio de Paula Buarque, Arthur Alves Barbosa, Alcindo de Azevedo Sodré, Armando Martins, Padre Conrado Jacarandá, Joaquim de Gomensoro, Décio Cesário Alvim, Barbosa Gonçalves, Walter João Bretz, Reynaldo Antônio da Silva Chaves, Sylvio de Abreu Fialho, Álvaro Machado, Anthero Palma, Salomão Pedro Jorge, Armando Lima, Paulo Monte, Raphael Mayrinck, Durval de Moraes, Ernesto Tornaghi, Octávio Venâncio da Silva, Eugênio Libonatti, Flávio Vieira Maciel, José Bento de Freitas Mello, Aloysio Silva, Vicente Amorim, Aristides Werneck, Arthur de Sá Earp Filho, Mário de Paula Fonseca, Mário Dias, Frederico Villar, Luiz Quirino de Magalhães Gomes, Paulo de Mattos Rudge, Sylvio Leitão da Cunha Filho, Luiz Amaral, Eugênio Lopes Barcellos, Francisco Carauta de Souza, Henrique Mercaldo, Leôncio Corrêa e Alfredo Mariano d‘Oliveira, ao todo 45 associados.

Pensão Petrópolis, demolida, na então avenida 15 de Novembro n° 762 (hoje Rua do Imperador, Edifício Vicente Marchese), onde ocorreram as primeiras reuniões de fundação e instalação da Associação Petropolitana de Ciências e Letras, na sala da “Empresa Alex” de João Roberto D´Escragnolle, segundo pavimento do sobrado.
No térreo fuuncionava a loja “A Fortaleza”, de propriedade de Reynaldo Chaves, um dos acadêmicos pioneiros.